Envelhecer no século XXI

O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com maior número de idosos do mundo, e precisa correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais saudável: o desejo de viver com independência e autonomia.


A melhor idade (Luiz Maximiano/VEJA)

Ninguém é tão velho para não acreditar que poderá viver por mais um ano.” A máxima, apresentada pelo político, jurista e pensador romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) em Saber Envelhecer, tem, ela mesma, se mostrado imune ao tempo. Pudera: homens e mulheres estão vivendo cada vez mais. Em 2050, nada menos que 64 milhões de brasileiros – o equivalente a 30% da população – estarão com 60 anos ou mais. Hoje, são 25 milhões, pouco mais de 12%. A expectativa de vida saltará de 75 para 81 anos, acima da média mundial, que, estima-se, estará em 76. Só no Estado de São Paulo, o número de centenários será dez vezes maior. O país ocupará, então, no ranking internacional, o nono lugar na proporção de idosos na população, à frente, por exemplo, de Estados Unidos, México e Rússia. Com famílias menores, casais optando por não ter filhos e o chamariz da emigração, muitos dos jovens adultos de agora terão de encarar a longevidade sozinhos. Diante desse cenário, e da vida “por mais um ano” celebrizada pelo velho Cícero, o desafio que se apresenta a todos – médicos, governantes e cidadãos comuns – é atender à principal e mais saudável ambição dos idosos de hoje e de amanhã: manter uma vida autônoma e independente.

Fonte: VEJA

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